quinta-feira, 8 de março de 2012

Por uma gastronomia sem preconceitos.


“O termo minoria diz respeito a determinado grupo humano ou social que esteja em inferioridade numérica ou em situação de subordinação sócio-econômica, política ou cultural, em relação a outro grupo, que é majoritário ou dominante em uma data sociedade. Uma minoria pode ser étnica, religiosa, lingüística, de gênero, idade, condição física ou psíquica.”
            Quando se trata de preconceito, sabemos que o brasileiro ainda tem muito que aprender, muito com o que se familiarizar. Infelizmente, muitos preconceitos passam das ruas para os ambientes corporativos, dificultando as “minorias” de alcançarem sucesso profissional. Felizmente a gastronomia tem se mostrado uma área democrática, quebrando aos poucos preconceitos e barreiras. Sim, ainda falta muito pra chegar ao ideal, mas saber que a inclusão existe na nossa área de interesse faz bem. Até por que, a maioria de nós está incluso em alguma dessas minorias. Vamos conhecê-las então e conhecer também exemplos de sucesso dentro de cada uma delas.
            Machismo:
“Machismo ou chauvinismo masculino é a crença de que os homens são superiora às mulheres.”
            Mulheres como Mara Salles, Helena Rizzo e Bel Coelho mostram que tudo bem esquentar a barriga no fogão, desde que seja pra ganhar muito bem e ser reconhecidas por isso!
Chef Bel Coelho (Dui)
Homofobia:
“Homofobia é uma série de atitudes e sentimentos negativos em relação a lésbicas, gays, bissexuais e, em alguns casos, contra transgêneros e pessoas intersexuais.”
            Mas os homossexuais têm um lugarzinho ali na cozinha, como o Rodolfo Bottino teve enquanto vivo.


Chef Rodolfo Bottino (1959 - 2011) 

Racismo
“O racismo é a tendência do pensamento, ou o modo de pensa em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras.”
            É absurdo ainda existir racismo no nosso país, já que aqui as pessoas provêm de uma grande mistura de raças e etnias. Mas chefs como Bruno Duarte e Rogério Shimura mostram que esse preconceito foi quebrado na cozinha.
Chef Bruno Duarte
Chef Rogério Shimura

Preconceito contra pessoas tatuadas

            Nós sabemos que no mercado de trabalho esse preconceito é muito comum. Já na gastronomia, difícil é achar um chef que não tenha nenhuma tatuagem, os chefs Diego Lozano e Alex Atala são bons exemplos disso.
Chef Diego Lozano
Alex Atala

Preconceito contra pessoas com deficiência

            Este preconceito existe e apesar das cotas é difícil imaginar como uma pessoa com deficiência poderia trabalhar em uma cozinha, afinal, o trabalho exige muita mobilidade. Mas fato é que é possível sim!
            Valdenini Resende é professora de um curso de culinária oferecido pela Adeva (Associação de Deficientes Visuais e Amigos). “Além de produzir a comida, eles aprender a lavar a louça, a varrer o chão e a limpar tudo depois”, afirma.
            O bar e restaurante Dot gourmet fica em Valinhos e permite total acessibilidade ao deficiente. O chef deles, Tarsis Eduardo Prates, de 26 anos, possui uma deficiência. Uma das pernas de Tarsis é mais curta.  

             É assim que os profissionais da gastronomia vão aos poucos quebrando preconceitos e incluindo as pessoas na área. Esses são apenas alguns exemplos de preconceito, ainda existem muitos outros.Mas numa cozinha o que realmente importa é seu talento, organização e higiene. A inclusão dessas pessoas no nosso dia-a-dia é o primeiro passo pra mostrar que são pessoas normais, apesar de serem diferentes de você em algum ponto. 









Nenhum comentário:

Postar um comentário